Peru, Chabuca e Mario Vargas Llosa
Em 1972, pisei pela primeira vez, uma terra fora do Brasil. Era Lima, no Peru, em parada a caminho do Japão. Eu tinha 22 anos. Ia a trabalho, como repórter da revista O Cruzeiro. Naquelas 4 horas de espera, nos foi permitido descer da aeronave e caminhar nos arredores do aeroporto. Tive a companhia de uma jovem chinesa que retornava de São Paulo, para o Japão. Compramos anéis e pulseiras de prata vendidos por indígenas peruanos com suas vestes características. Imaginei que um dia ali voltaria. Já se passaram mais de 50 anos. Nunca voltei fisicamente, mas tenho feito incursões através de música e literatura constantemente por aquelas bandas. Esta semana, com a morte do polêmico escritor Mário Vargas Llosa, me vieram as lembranças do primeiro livro dele que li. " Tia Júlia e o escrevinhador". Aprendi a respeitar sua obra embora discordante muitas vezes das propostas que parecia pregar no campo político. Por último, da sua união com a ex esposa de Júlio Iglesias, a soc...
Eita que nessa quarta-feira começa novembro e eu volto a escrever, ainda meio desconectada de uma realidade que desce goela abaixo arranhando entranhas. O menino Ravi, com apenas 24 horas de nascido foi sequestrado e o repórter documentou chorando o momento em que informaram que o encontraram na Tijuca. Se não bastasse estarmos aqui cercados por milícias insurgentes, ainda temos que testemunhar roubos de bebês em maternidades. Mas isso é pouco, diriam os sádicos de plantão. Vira pra Gaza e pensa em gente acuada tentando atravessar a fronteira para o Egito, inclusive o tal grupo de brasileiros que ali aguardam. Onde há um verdadeiro inferno que dizima civis e crianças pelas forças Israel enseja e seus adversários terroristas do Hamas. Todos por lá perderam a razão. Como fica difícil transformar isso em palavras. Parece que me faz falta uma palavra definitiva. Há temporais e seca. Há protestos e a volta da perseguição ao povo judeu. Há torcedores racistas imitando macacos para ofender jogadores negros. Há criatuas invocando Deus para justificar barbaridades. Porém, pasmem, há parlamentares e governos fazendo acordos para aumentar seu leque de poderes e votos. Mas sobram crianças sem chance de futuro. Sobram alianças espúrias entre criaturas bem ou mL intencionadas que conduzem nossos destinos sem se importar conosco. Homens insistem em matar mulheres que não os querem mais. Isso é uma praga? Tudo me parece ser mesmo praga. Daquelas de madrinha desgostosa. E todos ainda nem sabemos o que fazer , como lidar com desordem generalizada e o desprogresso persistente. Bem, od otimistas diriam: mas tem o agro. E eu com isso? Tem garimpo ilegal e povos indígenas vivendo um drama ambiental. Entretanto ainda tem criança sorrindo. Sim nossos meninos e meninas são ingênuos nestes mundo tão maldoso. Religiões querem grana. Políticos também. Trabalhadores idem, merecem remunerações justas. Guerras são caras. Armamentos desperdiçando dólares, humanidade despejando generosamente falta de rumo.
ResponderExcluirTempo de fugir refugiar-se no pensando vão.
Encontrei a palavra: VÃO.
Vão pra pqp. Vão de avião ou a pé. Vão todos os que nos enredam nesse cruzamento tenebroso. O vão pra ultrapassar o desespero é estreito. Só passa quem tiver bom coração. Lembrei da piada. Jesus anunciou que haveria festa no céu pra todos os animais. O sapo gitou Obaaaaa. Mas Jesus acrescentou. Só vai entrar quem tiver boca pequena!. Então o sapo apertou os lábios e saiu com essa. Coitado do jacaré tá fudido....
Cida Torneros