Fim de semana em Brasília. Passou rápido!
Fui para a festa dos três anos da minha neta Lua! E conheci a caçulinha Clara, de 4 meses. Aquela cidade onde já trabalhei tantas vezes como jornalista cresceu muito e segue com aquele céu extasiante. Um pôr do sol eterno de tão belo. Uma secura no ar de agosto do tipo "me põe soro logo". Mas atualmente o que me liga a ela é uma dupla brasiliense de meninas poderosas. A Lua furacão ( como corre) e a Clarinha sorriso ( ainda sem dentes), filhas do meu único filhão. Minha passagem pelo sonho de JK, aquele lugar de Niemeyer e Lucio Costa, construído pelos candangos valentes, me trouxe muitas lembranças. Eu tinha dez anos e aluna de escola pública carioca, fiz uma redação sobre a mudança da capital. Tirei o primeiro lugar no concurso. Fui com papai receber o prêmio, uma caderneta da Caixa Econômica Federal, e uma linda caneta-tinteiro ( quem conhece?) gravada com meu nome. Pena que não tenho foto. Anos depois, fui muitas vezes como jornalista da área de saúde. Participei d
Eita que nessa quarta-feira começa novembro e eu volto a escrever, ainda meio desconectada de uma realidade que desce goela abaixo arranhando entranhas. O menino Ravi, com apenas 24 horas de nascido foi sequestrado e o repórter documentou chorando o momento em que informaram que o encontraram na Tijuca. Se não bastasse estarmos aqui cercados por milícias insurgentes, ainda temos que testemunhar roubos de bebês em maternidades. Mas isso é pouco, diriam os sádicos de plantão. Vira pra Gaza e pensa em gente acuada tentando atravessar a fronteira para o Egito, inclusive o tal grupo de brasileiros que ali aguardam. Onde há um verdadeiro inferno que dizima civis e crianças pelas forças Israel enseja e seus adversários terroristas do Hamas. Todos por lá perderam a razão. Como fica difícil transformar isso em palavras. Parece que me faz falta uma palavra definitiva. Há temporais e seca. Há protestos e a volta da perseguição ao povo judeu. Há torcedores racistas imitando macacos para ofender jogadores negros. Há criatuas invocando Deus para justificar barbaridades. Porém, pasmem, há parlamentares e governos fazendo acordos para aumentar seu leque de poderes e votos. Mas sobram crianças sem chance de futuro. Sobram alianças espúrias entre criaturas bem ou mL intencionadas que conduzem nossos destinos sem se importar conosco. Homens insistem em matar mulheres que não os querem mais. Isso é uma praga? Tudo me parece ser mesmo praga. Daquelas de madrinha desgostosa. E todos ainda nem sabemos o que fazer , como lidar com desordem generalizada e o desprogresso persistente. Bem, od otimistas diriam: mas tem o agro. E eu com isso? Tem garimpo ilegal e povos indígenas vivendo um drama ambiental. Entretanto ainda tem criança sorrindo. Sim nossos meninos e meninas são ingênuos nestes mundo tão maldoso. Religiões querem grana. Políticos também. Trabalhadores idem, merecem remunerações justas. Guerras são caras. Armamentos desperdiçando dólares, humanidade despejando generosamente falta de rumo.
ResponderExcluirTempo de fugir refugiar-se no pensando vão.
Encontrei a palavra: VÃO.
Vão pra pqp. Vão de avião ou a pé. Vão todos os que nos enredam nesse cruzamento tenebroso. O vão pra ultrapassar o desespero é estreito. Só passa quem tiver bom coração. Lembrei da piada. Jesus anunciou que haveria festa no céu pra todos os animais. O sapo gitou Obaaaaa. Mas Jesus acrescentou. Só vai entrar quem tiver boca pequena!. Então o sapo apertou os lábios e saiu com essa. Coitado do jacaré tá fudido....
Cida Torneros