Isabel Allende

A soma dos dias. Peguei pra reler a grande escritora chilena Isabel Allende. Dela, como esquecer da Casa dos Espíritos, que rendeu o inesquecível filme estrelado por Meryl Streap. Isabel é norte americana naturalizada, perdeu a filha Paula por quem sofreu demais buscando a cura e relatou sua agonia de mãe como escritora plena. Tem mais de 80 anos e acaba de dar uma entrevista informando que está namorando. Mulher antenada e lúcida, atravessou o século XX com galhardia e curte o XXI com orgulho. Minha amiga Marion Monteiro, a Bombom, é que costuma me presentear com suas obras. Eu me deleito. Com certeza. E recomendo porque uma mulher deve abrir horizontes nas suas leituras. Há uma soma nos dias muito além das frases repetidas ou sufocadas. Leituras religiosas são importantes mas não resumem essa diversidade que nossas vidas precisam e devem encarar. Outras abordagens ampliam horizontes. Libertam. As artes e a literatura são válvulas de escape. Somos livres nas escolhas. É importante pensar como exercer esse livre arbítrio e refletir seus vários prismas sem se deixar ficar refém de ideologias, seitas, torcidas desportivas, religiões ou famílias opressoras. O meu livro de cabeceira não é da Isabel. É do Sigmud Freud. O mal estar na civilização. Li com 20 anos e sigo relendo pois o inconsciente humano é mesmo um traidor. Por enquanto, releio Isabel.

io Isabel!