Jorge Benjor

[3/5 13:56] Maria Aparecida Torneros: Eu conheci Jorge Benjor em fevereiro de 1972. Ele estava em Tóquio com o trio Mocotó e a primeira pergunta que me fez foi como tinha sido o desfile do Salgueiro. Eu fizera a cobertura das escolas de Samba na noite de domingo e embarquei para o Japão na segunda de Carnaval à noite. Era a primeira vez que o jovem e promissor compositor/cantor carioca se apresentava no Japão. Também era minha estréia em viajar de avião e sair do Brasil. 22 anos. Jorge Alegre só lamentou não ter desfilado na sua amada escola. Nas nossas conversas e passeios, sempre fui com os 4 juntos. Assisti umas duas noites suas apresentações na casa Copacabana. A vida noturna em Tóquio era bem restrita. Nenhum bar ou casa de espetáculos ficavam abertos após 22 horas. Exceção para os bares dos hotéis 5 estrelas. Mas o Jorge fez sucesso. A japonesada pulava é tentava acompanhar " chive chuva" com entusiasmo. Quando ele conseguia completar uma chamada de telefone para o Brasil, seu rosto ficava radiante. Ele dizia: falei com minha Teresa! Dominga Terezinha. Com quem se casou. Ele a chamava de minha nega, mas Dominga é loura. Soube hoje que estão se divorciando depois de mais de 50 anos de casados. Jorge se hospeda no Copacabana Palace e aos 84 anos ali é sua residência. Continua fazendo shows de vez em quando e nunca deixa de participar da alvorada de São Jorge. Chega na madrugada na igreja do centro do Rio. É devoto fervoroso. O Salgueiro renova todos os anos o convite para homenageá-lo como enredo mas ele nunca aceitou. Jorge é salgueirense raiz. Nada de destaques. Sempre foi moleque de asfalto. Um caso de amor à escola e ao samba. Compositor sui generis, sem poder ser enquadrado num único estilo. Jorge joga nas onze. Pode compor samba, valsa bolero, funk, xote, alcança um pagode se for preciso. Mora num país tropical. Flamenguista roxo, está vestido com aa armas do soldado romano da Capadócia. É fiel à escola, ao amor, ao Salgueiro, ao santo guerreiro, ao Brasil mas virou cidadão do mundo. Um prenúncio de criatura além de adjetivos comuns. Jorge é superlativo. O maior dos moços que sua/minha/nossa geração já produziu. Único. Não cultiva vaidades extremas. Tem sempre jeito de gente muito simples. [3/5 13:59] Maria Aparecida Torneros: Jorge é admirador dos grandes amores ( fez isso na música Taj Mahal) e tem muito respeito pelos cientistas. Lembrem dos " alquimistas estão chegando". Mas sobretudo o Benjor é romântico " ela já não gosta mais de mim, mas eu gosto dela mesmo assim". [3/5 14:03] Maria Aparecida Torneros: Jorge maravilha nós gostamos de você. Sim, do futebol também. Sempre. Do seu jeito moleque de nos fazer felizes. Dos seus óculos escuros nas noites atravessadas. E sabemos o quanto seu coração esbanja amor! Obrigada, amado Jorge!! [3/5 14:03] Maria Aparecida Torneros: Cida Torneros

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