Azul. Em domingo com cenas de terra arrazada no sul do país

Bom domingo? Em que país estamos? no Brasil que esta madrugada festejou Madonna comercial que é feminista e dançante trazendo performances sensuais para um povão tão calejado por falsas notícias, ou será que nos encontramos na zona de guerra das águas de maio que dspencaram sem dó no Rio Grande do Sul? Sintonizemos ambos. Sinto que há uma avassaladora sede de reunir nossos povos mas os tais extremistas tornam isso um desafio ultrajante. Escolhi o azul para o fim de semana cuja solidão reparto com tantos compatriotas endividados como eu. Apesar das dívidas, consigo enviar uns trocados para a Caritas no RS. Dói demais ver as imagens das enchentes e os animaizinhos resgatados de barco acompanhando seus tutores que perderam tudo. Vejo os governantes reunidos prometendo reconstruir o máximo. Porém o estrago parece estar muito além. Há uma cultura de estrutura esfacelada, mil pontos de interrogação. Quem sabe como refazer sonhos? Nao basta reconstruir pontes e estradas. Refugio-me no azul como criança que se esconde na barra da saia da mãe. Mãezinha, sua lembrança é sempre o melhor das madrugadas insones. Além, evidentemente, das carinhas sorridentes das minhas netas Lua e Clara. A elas, dedico um pensamento forte e positivo de fé na vida. E sigo, driblando a dificuldade em ficar de pé, recorro à cadeira de rodas. Engano com maquiagem e chapéus. Ou leques. Amo leques. Abanam tristezas, afastam cheiros estranhos, alegram fotos, nos dão oportunidade de afugentar calores. São ventos momentâneos. Os leques complementam cenas e histórias. Do lado de cá do muro, vislumbro o tal futuro que veio primeiro. Não tem volta. Vamos adelante. No azul. Cida Torneros

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