Peru, Chabuca e Mario Vargas Llosa
Em 1972, pisei pela primeira vez, uma terra fora do Brasil. Era Lima, no Peru, em parada a caminho do Japão. Eu tinha 22 anos. Ia a trabalho, como repórter da revista O Cruzeiro. Naquelas 4 horas de espera, nos foi permitido descer da aeronave e caminhar nos arredores do aeroporto. Tive a companhia de uma jovem chinesa que retornava de São Paulo, para o Japão. Compramos anéis e pulseiras de prata vendidos por indígenas peruanos com suas vestes características. Imaginei que um dia ali voltaria. Já se passaram mais de 50 anos. Nunca voltei fisicamente, mas tenho feito incursões através de música e literatura constantemente por aquelas bandas. Esta semana, com a morte do polêmico escritor Mário Vargas Llosa, me vieram as lembranças do primeiro livro dele que li. " Tia Júlia e o escrevinhador". Aprendi a respeitar sua obra embora discordante muitas vezes das propostas que parecia pregar no campo político. Por último, da sua união com a ex esposa de Júlio Iglesias, a soc...
Lula falou de improviso. Exagerou na comparação mas disse verdade quanto ao grau de violência e crimes de guerra que Israel vem cometendo contra os palestinos em Gaza. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa.
ResponderExcluirHá um sem número de sequelas em relação ao holocausto e extermínio dos 6 milhões de judeus na segunda grande guerra. As sequelas emocionais atravessam gerações e estão longe de serem resolvidas ainda. Entretanto, os grupos terroristas que grassam no Oriente médio e outros lugares, ocupam as mentes dos atingidos por ataques extremamente desumanos ao ponto de provocarem revides muitas vezes até muito além das medidas cabíveis.
Há desproporcionalidade constante. Nada deve ser tão extremo. Simplesmente porque o extremismo compromete a razão.
Parece ser o caso da fala do presidente Lula e a reação expressada pelo primeiro ministro israelense Netanyahu.
Menos, meus senhores! Menos! A César o que é de César.
Uma pausa para conversar em volta de mesas de negociações. Há povos vivendo guerras, fome, privações e muito medo enquanto senhores da razão perdem a dita cuja para não atenuar em nada os conflitos.
Ao contrário, tanto o presidente brasileiro quanto o primeiro ministro israelence desviaram o foco do seu principal alvo. Deveriam estar direcionando suas falas e ações para buscar paz e respeito só sofrimento de seres que padecem sem culpa. Tanto os judeus que foram vítimas do nazismo quanto os palestinos que se tornaram reféns do grupo terrorista Hamas.
Muita calma nessa hora para diplomatas e chefes de estado. Calma também para os que tentam se aproveitar desse drama para faturar sucesso em sus demandas políticas independente de estarem ou não Lutando por cessar-fogo nos campos de batalha.
Lula falou com excessos. Netanyahu reagiu com excesso.
Os palestinos e judeus têm padecido também em excesso. É chegada a hora de afrouxar as gravatas e conversar com civilidade. Não há outra saída!
Cida Torneros