Os momentos de cem anos de solidão!

No apagar das luzes de 2023, vc Maria Aparecida Torneiros me presenteia com essa narrativa sobre os momentos que antecederam essa obra prima de Gabriel Garcia Márquez "Cem Anos de Solidão"! Confesso a vc que o imponderável da solidão abriu meus olhos ao paradoxo da vida, a miséria da América Latina, a luta sofrida do povo dessas terras sem fim, sempre voltada para as ditaduras dos opressores e enganadores das almas perdidas dentro de uma vastidão de forças para o continuidade da ignorância, em benefício dos escravocratas que permanecem ditando normas e senhores das trevas que dominam esse povo! Li duas vezes "O Capital" de Karl Marx. A primeira vez ainda menino, com treze para quatorze anos, apresentado por meu pai, um autodidata nascido na miséria do sertão nordestino e remanescente da intentona comunista contra a ditadura Vargas, o que lhe rendeu oito anos de cadeia. Um mês depois meu pai me perguntou se eu havia lido o livro. Eu respondi afirmativamente, mas que não havia entendido nada. Ele passou a mão em minha cabeça e respondeu "não se preocupe filho, um dia vc entenderá". Voltei a ler "O Capital" quando estava me graduando em economia. Quando vejo um pobre chamando alguém de comunista, tenho um grande sentimento de tristeza. Ele é um ignorante, ele nada sabe, não tem conhecimento e nem tão pouco sabe o que é utopia. Também não sabe que nenhum país do mundo adotou esse sistema socioeconômico e político. Todos adotaram ditaduras. Mas uma coisa é certa, também utópica! "Trabalhadores do mundo uni-vos"! Minha amiga, temos muitas idéias a trocar, algumas talvez conflitantes, mas um importante é estarmos sempre em desenvolvimento do intelecto, para entendermos as mudanças do mundo. Feliz Ano Novo para vc!

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