Fim de semana em Brasília. Passou rápido!



Fui para a festa dos três anos da minha neta Lua! E conheci a caçulinha Clara, de 4 meses. Aquela cidade onde já trabalhei tantas vezes como jornalista  cresceu muito e segue com aquele céu extasiante. Um pôr do sol eterno de tão belo. Uma secura no ar de agosto do tipo "me põe soro logo".
Mas atualmente o que me liga a ela é uma dupla brasiliense de meninas poderosas. A Lua furacão ( como corre) e a Clarinha sorriso ( ainda sem dentes), filhas do meu único filhão. 
Minha passagem pelo sonho de JK, aquele lugar de Niemeyer e Lucio Costa, construído pelos candangos valentes, me trouxe muitas lembranças. 
Eu tinha dez anos e aluna de escola pública carioca, fiz uma redação sobre a mudança da capital. Tirei o primeiro lugar no concurso. Fui com papai receber o prêmio,  uma caderneta da Caixa Econômica Federal,  e uma linda caneta-tinteiro ( quem conhece?) gravada com meu nome. Pena que não tenho foto. 
Anos depois, fui muitas vezes como jornalista da área de saúde.  Participei da organização e divulgação da campanha de vacinação contra a Poliomielite em 1980. Dr. Sabin junto conosco. Uma vitória sem Internet, mas com muito telefonema e engajamento de doações.  Convenci Zico no auge da fama a gravar dizendo que ia levar seus meninos pra tomar as gotinhas. Comemoramos os altíssimos índices de vacinação.  Depois virou rotina e a doença pôde ser considerada erradicada. 
Há doze anos, antes de me aposentar fiz uns trabalhos para a federação nacional dos médicos. Fiquei no hotel Meliá com minha amiga Denise que era assessora  de imprensa da FENAM.
Já tinha 61. Achei que Brasília ia ser mais uma cidade pra lembrar entre as dezenas que passei para apurar, entrevistar e exercer a profissão.
 
Mas tem o destino. Este é o que é.  Filhão fez um concurso público e lá se foi pra novacap ( era assim que  chamávamos).

Em 2020 , no meio da pandemia,  nasceu minha princesa Lua.  Fui assim mesmo. Fazendo os tais 14 dias de isolamento.  Ainda não existia vacina. Fiquei pouco tempo.

 
Agora, finalmente,  pude voltar mas estou cadeirante dependendo de acompanhante que foi comigo.  A segunda neta fui ver dessa vez. Elas são mesmo duas doçuras brasilienses. 

A festa foi uma delícia.  Fugi de todas as dietas. Enfiei o pé na jaca.
Beijei as meninas. Voltei feliz por elas, por meu filho , minha nora e sua  família

que me cobriu de mimos. 
Adorei a Brasília de 2023. É do futuro. Haverá uma limpeza na sua rota de política nacional. Brasilia tem o traçado de um avião. Segue voando. 

Pretendo voltar no primeiro aniversário da Clarinha.  Tomara que consiga caminhar de bengala.

 Tudo bem. Já é um prêmio ter essa família linda na cidade dos ipes. 

É uma dádiva esperar elas crescerem e trocarmos histórias algum dia!

Aqui no Rio fui com o prefeito Conde visitar Niemeyer e lhe entreguei um poema chamado Oscar.

Ele era um velhinho antenado. Tinha muito orgulho da Brasília socialista que projetou. Talvez ela chegue lá.

Sem tanta desigualdade.  Mas, por enquanto ela é mesmo o castelo das minhas princesas, que adoro. 

Cida Torneros 

 

Comentários

  1. Nada é mais doce do que a imagem de uma avó coruja matando saudade... Revi meus netos que não encontrava pessoalmente havia quase quatro anos! Babei muito....

    ResponderExcluir
  2. Sugestão: no aniversário da Clarinha, hospede-se num hotel próximo, por duas semanas, para curtir até a baba secar... Rsrsrs...

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Minhas princesas!