Fim de semana em Brasília. Passou rápido!
Fui para a festa dos três anos da minha neta Lua! E conheci a caçulinha Clara, de 4 meses. Aquela cidade onde já trabalhei tantas vezes como jornalista cresceu muito e segue com aquele céu extasiante. Um pôr do sol eterno de tão belo. Uma secura no ar de agosto do tipo "me põe soro logo". Mas atualmente o que me liga a ela é uma dupla brasiliense de meninas poderosas. A Lua furacão ( como corre) e a Clarinha sorriso ( ainda sem dentes), filhas do meu único filhão. Minha passagem pelo sonho de JK, aquele lugar de Niemeyer e Lucio Costa, construído pelos candangos valentes, me trouxe muitas lembranças. Eu tinha dez anos e aluna de escola pública carioca, fiz uma redação sobre a mudança da capital. Tirei o primeiro lugar no concurso. Fui com papai receber o prêmio, uma caderneta da Caixa Econômica Federal, e uma linda caneta-tinteiro ( quem conhece?) gravada com meu nome. Pena que não tenho foto. Anos depois, fui muitas vezes como jornalista da área de saúde. Participei d
Sua vida nos ofertou momentos gloriosos através de uma voz e interpretação impressionantes. Quem a conheceu nos anos 70 ainda jovenzinha com aquele jeito de hippie com seus olares e saias longas. Puladas e corridas no palco indicavam a certeza da graça que traziam no nome. Certa vez num show, ela abriu a camisa e mostrou os peitos em atitude desafiadora.
ResponderExcluirMas o tal gracioso nome virou Gal e ela explodiu como um objeto voador não identificado. Gal virou uma ativista da feminilidade absoluta. Lembro de muitas músicas e apresentações suas quando a personagem dos doces bárbaros era a voz da tropicalia e ao mesmo tempo podia ser um agudo disputando com o instrumento de sopro aquele Gaaaaalll infinito.
Pois é disso que estou falando. De uma mulher que virou senhora e adotou um menino. Uma criatura discreta que parece ter vivido o suplício de abuso numa convivência doente que a tirou dos holofotes num processo de apagamento de uma grande estrela. Roubaram seu brilho.
E a sequestraram da cena.
Mas Gal nos anos 2000 ainda cantou pra nós algumas vezes. Sem peladinhas ou corridinhas. Uma cantora vestida com camisolas que a tornaram uma sublime diva do tempo. Gal não se queixou. Talvez tenha sofrido calada. Logo ela que sabia soltar o som agudo da liberdade de ser.
Gal , obrigada e desculpas.
Não deciframos s seu código de pedido de socorro..
Você segura na luz dos céus. Porque é uma estrela cujo brilho está além dessa história de final infeliz.
CIDA TORNEROS