Vidas, amizades e amores interrompidos.

De soslaio, me olho. O domingo promete sol e calor. Tenho , todos temos, acompanhado tantas mortes ou desafetos. Vidas interrompidas ou amizades desfeitas. Reconciliações machucadas ou feridas não fechadas. Dores de amores do passado que teimam revolver a terra assentada. Torno a me entreolhar. Coisa de velhice ou de cronista repensando. Claro que me refiro ao todo. Até o Amor à pátria. Por que não? Este também é passível de esfriamento quando o conceito de Pátria amada se confunde. Ama-se a terra e seus povos.Pessoas. Diversas capazes de divergir e conviver. Grande desafio.Perdoar colonizadores exploradores ou refundar uma nação com outras tantas dentro. Somos povos. Muitas origens. Passamos por muitas injustiças e desalentos. Encontramos pares e afetos cotidianos. Vieram filhos que amamos pelo sangue mas aceitando pelas diferenças. Amores de juventude idealizados e romanceados também podem esfriar ou serem interrompidos. Deixam um gosto de " mal entendido " nas almas sensíveis. Amizades que se afastam ou se reencontram. A sensação de sermos diferentes agora. Nunca é a mesma coisa. Nas vidas dentro das caixinhas seguimos os modelos mas no fundo sabemos que é pura acomodação. Ser conservador deve ser mais fácil. Basta defender o que parece o certo. Que certo, cara pálida? Dominar criaturas ou paises mais vulneráveis? Explorar minérios e impor culturas, escravizar na base da força? Roubar riquezas naturais e sonhos de nações em desenvolvimento? Eliminar os revoltados e até não acolher os imigrantes? Emitir poluição e não respeitar o drama do planeta de mudanças climáticas? Candar e agar para os problemas dos pobres que são maioria na Terra? Festejar enquanto Rússia bombardeia Ucrânia? Amar alguém e ser egoísta e até ciumento da sua dedicação num surto de posse ou veneração que fundamenta feminicidios por exemplo? Ora, senhores. Interromper acomodações também é caminho. Precisamos nos esforçar para olhar com novos óculos ou novos olhos. Parece difícil? Mas não é impossível. Afinal que tal reolharmos nossos costumes repetidos? Mudar comportamentos e ideias talvez seja o grande desafio do século XXI. Quero amar Pátrias e povos. Pessoas e animais. Árvores e flores. Chuvas e secas. Atravessar barreiras. Ressuscitar sentimentos que pareciam ter morrido. Cida Torneros

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