O bêbado e o equilibrista
Vejamos. São épocas distintas e mundos diversos. O novo/velho presidente Lula assumirá um governo que é sobretudo desafiador . Será necessário equilibrar forças diante de pressões de todos os lados. No tempo dessa música, a metáfora da figura irreverente e palhaça do mito Carlitos, foi usada para o lamento dos exilados da revolução militar de 64, seu desdobramento acirrado em 68 e a loucura da fase dos anos de chumbo com as torturas e mortes dos anos 70.
Lula assumiu pela primeira vez nos anos 2000. A redemocratizacao estava em curso. O sindicalista metalúrgico amadureceu tendo passado pela experiência do Legislativo e sido um deputado federal constituinte até 88.
Nas duas gestões como presidente caiu na armadilha do modelo de presidencialismo de coalisao que pressionando o executivo torna o legislativo um frequente cobrador do balcão de negócios.
Venceu o triste episódio do mensalão em 2005 conseguiu se reeleger e até emplacar a sua sussessora Dilma Rousseff.
Mas esta foi defenestrada e seu vice Michael Temer assumiu até as eleições de 2018. Nesse meio tempo a extrema direita se aparelhou aqui e no mundo inteiro.
Redundou na vitória de Jair Bolsonaro, um capitão reformado e político profissional de comportamento polêmico e belicoso.
Agora, Lula que ainda amargou uma prisão não bem explicada, ACABA DE SER ELEITO PRESIDENTE DO BRASIL PELA TERCEIRa VEZ.
Vai iniciar a transição. O país está desgovernado e destruído precisando recomeçar.
O presidente não reeleito assumiu um silêncio de aparência dúbia. Como perdeu por diferença pequena há sempre a possibilidade de seguidores inconformados tentarem tumultuar o processo democrático.
Esperemos que não. Que se aplaquem os ânimos.
O que desejamos é que o novo Lula da Silva assuma em paz e governe em conjunto com aliados compondo com forças diversas. Mas que o Brasil se recupere dos surtos de corrupção e ódio além do terrível retrocesso em saúde e educação além das perdas lamentáveis na área de meio ambiente.
Meu Brasil sonha com a volta do irmão do Henfil ainda? Sigamos na Esperança equilibrista.
Cida Torneros
Esperança equilibrista
ResponderExcluir