Coração selvagem

Assim mesmo. Selva. Como clamam os fascistoides. Haja esperança de reviver sentimentos puros e nobres. Viva o Belchior que foi viver e morrer na minha Pasargada. No Uruguai. Pra onde quero voltar e talvez fincar raízes pra escrever meu único romance. Preciso dos ares de Eduardo Galeano. Quero a luminosidade de Pepe Mujica. É pedir muito sonhar com aquelas ruas antigas de Montevideo? Meu bem guarde um beijo pra mim em Sacramento. Ali vou fechar os olhos para rever nossos ancestrais. Quando puder, volto pra lá. Gosto do tango uruguaio.Das estancias. Numa delas, o coração do meu presidente João Goulart parou de bater. Amo o sentimento que o cearense Belchior me passou. Intenso. Na unica vez em que estivemos juntos num café na Cinelandia, centro do Rio pude dizer que considerava sua música um hino. " Como nossos pais ". Ele apenas sorriu.. era um riso solitário. Mas também podia ser selvagem. Isso é o que somos todos quando destruimos o planeta. Meu bem. Guarde mesmo um beijo pra mim. Preciso dele. Sem razão. Só coração. Sem eleição. Só justiça. Cida Torneros

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