A chamada de vídeo foi na noite de domingo de Páscoa. Minhas netas em Brasília num alvoroço me olhando na telinha do celular. Lua, com quase 4 anos, mostrou o ovo de chocolate branco que ganhou da dinda Gabi. A pequena Clara de um aninho recém completados fazia caretas. Sorria e jogava beijinhos. Eu, que até os 70 não tinha a menor noção do que seria estar avó, me emocionava e tentava conversar. Um grilo cantou e minha nora chamou meu filho . Seria grilo ou cigarra? Meu filho veio investigar. O inseto parou um pouco de emitir o som estridente. Eu ria muito porque nem ouço grilos ou cigarras há muito tempo. Mas no tempo das avós a gente rencontra coelhinhos ( elas estavam fantasiadas) de orelhonas cor de rosa e rabinhos de bolas brancas. É facultado a nós o direito de achar engraçada sua algazarra. Uma beija a tela do celular. A mãe explica que é suja. Mas já recebi o beijo melado. Tão sincero. Bem doce. Sua alegria enfeita meu fim de domingo. Penso como pude viver 70 anos sem se
Está terra me levou parte do sangue que trago nas veias. Minha abuela Carmen e meus bisavós Antônio e Manuela.
ResponderExcluirEstive lá em 2009.Vivi dias de muita emoção. Eu já conhecia tudo pelo que vovó sempre me contou. Uma terra que tem o verde mais lindo do mundo. Cheia de mistérios. A capital é Santiago de toda a Galícia. Fui na Catedral rezar por todos os meus ancestrais que me legaram essa sensação de ter várias nacionalidades. Sou grata!
Tenho murrina ( saudades na língua galega).